Autoestima, autoaceitação e autoconhecimento… O que essas três palavras significam e por que estão interligadas? Já dizia Sr. Freud (1914/1969) “a autoestima expressa o tamanho do ego […] Tudo o que o sujeito possui ou realiza […] ajuda-o a aumentar sua autoestima”. Porém sem o autoconhecimento, como identificar o que realmente gostamos, almejamos, detestamos e repudiamos?
A autoestima está interligada com o narcisismo, que faz parte da fase normal do desenvolvimento psíquico e é de suma importância na construção do eu e do lugar do outro na vida de cada indivíduo. Todos passamos pelo narcisismo primário (que ocorre na infância) e é nesta fase que podemos encontrar as origens de dificuldades em diversos tipos de relacionamentos interpessoais já na fase adulta. Quando o narcisismo primário chega ao seu fim, a criança possui ideias de crenças, valores e comportamentos, onde irá se comparar e procurar se representar neste cenário. É através da imagem narcísica de cada sujeito que criamos os nossos desejos e o reconhecimento deles, delimitando também o lugar do eu e do outro.
Uma imagem saudável de si
Uma postura madura de nossa autoestima sugere uma autoimagem positiva, o que gera a nossa autovalorização e autoaceitação, proporcionando um equilíbrio ao satisfazer nossas necessidades e desejos pessoais e em relação ao todo. Dessa forma, a autoimagem que cada indivíduo constrói de si, culmina na interação do sujeito com suas relações interpessoais e a maneira como irá agir perante elas (seja de forma consciente ou inconsciente), bem como irá se auto avaliar. Neste encontro (do sujeito com suas respectivas interações) o indivíduo tende a se reconhecer muitas vezes através de imagens projetadas pelo outro. Mas o que ocorre quando não promovemos essa postura saudável de nossa autoimagem? O resultado é uma autonomia comprometida e o sentimento de impotência exacerbado, resultando em comportamentos como isolamento e paralisação.
Portanto, a importância de cada um possuir uma imagem de si saudável através do autoconhecimento, torna-se fundamental para um bom convívio em sociedade. É a partir dela que nos relacionamos e reagimos as adversidades da vida, tornando-se importante aliada em relação ao que o sujeito pensa e sente sobre si mesmo, auxiliando também em seu discernimento do julgamento em relação ao outro e de seu meio social.
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